Por Antônio Rocha | Folha Corrente
A cidade carícia abriga algumas maravilhas, tanto naturais como esculturais. O presente ensaio objetiva informar ao leitor sobre a existência de duas Rodas em Correntina. Uma delas desapareceu, mas deixou lembranças e saudades, tamanho foi o seu significado. De aspecto gigantesco, proporcionava a diversão, a atratividade e a alegria da comunidade local. Ela girava e suas luzes piscavam como vaga-lumes, atraindo pessoas de todas as idades. A gente rodava, tonteava e descia, sem rumo nem lugar. Ah, quanta saudade daquela Gigante!
Por outro lado, há uma roda da qual não nutro saudade alguma, que é a roda do círculo vicioso e viciante. Embora pareça ser uma roda pequena, é exatamente nela e sobre ela que tudo gira e converge para permanecer no mesmo lugar. Ou seja, o seu giro é de 360 graus. Em tono do centro da roda gravitam os interesses políticos e econômicos mais escusos, sob o ponto de vista ético-legal. Ali constitui-se o antro dos que ditam o destino da polis, em
detrimento dos legítimos anseios da coletividade. A rigor, a movimentação dos nada transparentes pleitos extrapola as fronteiras das máquinas partidárias.
No que se refere à política, anseio para ver Correntina investindo na formação de novos quadros, visando o início de um outro momento. Particularmente, defendo que a cidade invista melhor na formação política e humanística da juventude. Que sejam implementados programas inclusivos e motivadores das inteligências. Conscientizar e mobilizar a juventude a respeito de sua responsabilidade sobre o futuro do município, é um dever imperativo dos governantes locais.
Em que pese os imensos desafios, a cidade alimenta a expectativa de um horizonte condizente com as energias juvenil. Os gestores públicos precisam e devem percorrer outras trilhas, pensar novas formas de conduzir e gerir a cidade. A impressão é de que falta sensibilidade para identificar os gargalos que inviabilizam o desenvolvimento do município. De resto, a sociedade reivindica dos agentes públicos nada mais e nada menos que a observância dos requisitos constitucionais.
A tarefa mais árdua e urgente do momento é o desafio de investir em novas lideranças, principalmente naquelas que almejam o exercício do poder. Para que aprofundem-se no comprometimento com a coletividade e resgate os compromissos com ela firmados. Oxalá os futuros governantes prezem pela justaposição da ética com a política e vice-versa.
Não obstante as admoestações, somos instados a reconhecer que “nós somos os mesmos e ainda vivemos como os nossos pais,” sentencia a composição do magistral Belchior. À guisa de conclusão, vale dizer que o apelo dirigido a essa nova juventude é o de jamais esquecerem que, enquanto alguns tentam maldizer a política, “a política é a arte mais nobre de praticar o bem comum,” conforme uma crença oriental. Não se deve apenas contemplar, inerte, o giro da roda e validar a crítica do cantor Zé Geraldo, quando diz: “Tá vendo isso tudo acontecendo e fica aí parado dando milho aos pombos.”
Sobre nosso colunista
Sobre nosso Colunista:
Antônio Rocha
Possui graduação em Filosofia pela PUC Goiás, graduação em Direito, Licenciatura em História, Curso Seminaristico de Filosofia pelo Instituto de Filosofia/teologia de Goiás, Curso livre em Teologia (1993), especialização em Filosofia Clínica, e mestrado em Ciências da Religião pela PUC Goiás. Ex- Professor efetivo da PUC Goiás, foi professor convidado do Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás.

É verdade.
E os anos passando e voltamos a nossas origens,vemos tudo igual. Em 4 anos uns se dão bem com a presença da mesma política. Os outros de fora torcendo pra que não dê certo. Esquecem de ter o mesmo ideal coletivo. Cobrança, participação, entendimento das leis orgânicas do município. Cuidar da nossa cidade não cabe somente ao prefeito, cabe a todos que fazem parte da gestão. Os eleitores vendo algo errado tem o dever de fazer a denuncia . Cada vez que principalmente os jovens se calam diante de um descanso da gestão, é o futuro deles que estam em risco. Em outras épocas os jovens da nossa cidade, viviam mais atentos, cobravam, existia grupo de jovens juntos a igreja católica que nas reuniões nos esclarecia sobre nossos direitos. Ultimamente se enganam com as calvagadas e bandas nos finais de semana. Vejo a biblioteca vazia, com funcionários só pra tirar poiera. Não tem as peças de teatro, o cinema ( Cine Ítalo)foi ao chão e doaram a área nobre pra banco.
Não vejo gestores atrás de cursos proficionalizante a disposição dos jovens.
A cidade cada dia mais pobre culturalmente, mais alheia aos ideias que antes tanto sonhávamos.
“Roda viva, roda gigante.
Roda muhinho, roda pião.
O tempo rodou num instante.
Na volta do meu coração ❤️”
Chico Buarque já cantava reclamando essa canção.