Decisão da nova gestão municipal causa polêmica e impacta a renda de diversas famílias.
A tradicional Feira da Agricultura Familiar de Correntina, um dos principais eventos da cidade, foi suspensa pela nova gestão municipal, causando grande revolta entre produtores e consumidores. A decisão, anunciada na última quarta-feira (08/01), gerou debates acalorados nas redes sociais e nas ruas da cidade.
A prefeitura justificou a suspensão alegando o sucateamento da estrutura, a falta de iluminação, as condições precárias das estradas municipais e o ambiente inadequado para produtores e consumidores deixado pela gestão anterior. A gestão municipal atual afirmou estar mobilizando esforços para buscar soluções rápidas e estruturadas, com o objetivo de melhorar as condições para quem compra e quem vende.
No entanto, a justificativa não convenceu muitos moradores.



Hannes Tavares de Moura, ex-secretário de Agricultura, rebateu as críticas da atual gestão em suas redes sociais. Moura questionou a alegação de que a estrutura da feira estava sucateada, afirmando que a manutenção era realizada de forma regular e que os equipamentos estavam disponíveis para uso. O ex-secretário também criticou a acusação de que o governo anterior teria “roubado” as barracas, classificando a afirmação como uma “berração”.
“As feiras eram montadas todas as quartas-feiras, com as estruturas alugadas e barracas da CAAF, não deixando nenhum feirante sem estrutura”, afirmou Moura. “Agora se não tem dinheiro pra contratar mão de obra fala, pois quando parte da equipe da gestão anterior falhava quem montava era qualquer um da Secretaria de Agricultura.”
A suspensão da feira afetará diretamente a renda de muitos produtores familiares. “Essa interrupção vai na verdade afetar somente nossos bolsos, os que votaram contra Mariano e os que votaram a favor. Porque vamos perder mais um dia de trabalho, Correntina não tem emprego, nosso emprego é a venda de produto na feira”, disse um produtor que preferiu não se identificar.
A decisão da prefeitura também gerou debates acalorados nas redes sociais. Enquanto alguns moradores apoiam a decisão, alegando a necessidade de organizar a feira, outros criticam a interrupção de um evento tão importante para a comunidade.






